28/3/2014 - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Com 20 equipes formadas por um agente de controle de zoonoses e dois estudantes de medicina em cada uma, as casas do bairro de Ivoturucaia receberam, nesta quinta-feira (27), um trabalho de “varredura” contra focos de proliferação de mosquitos transmissores da dengue. A ação, organizada pela Secretaria de Saúde em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí, abre a fase de mutirão contra a dengue, que tem seu ponto alto na próxima sexta-feira (4 de abril), desta vez em parceria com o 12º Grupo de Artilharia de Campanha, do Exército.
“É muito importante essa presença da ação preventiva em nosso bairro. Além de fortalecer a defesa contra a doença, isso ajuda até a autoestima dos moradores, porque é uma área distante do Centro e por vezes esquecida”, destacou o comerciante e morador do bairro, Luís Baroni.
Entre moradores que relatavam os sofrimentos vividos por quem é atingido pela doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, as dicas eram variadas sobre o recolhimento de materiais que podem acumular água ao ar livre ou o uso de areia nos vasinhos de plantas.
As estudantes Júlia Alves e Isabela Neves, do segundo ano de medicina, formaram equipe com a agente de zoonoses Neuza Rosa, e indagavam sobre febre e outros sintomas nas casas. O motivo é que entre a picada do mosquito e o surgimento de anticorpos existe uma “janela” de seis dias que os exames não apontam a doença.
De acordo com outra agente de zoonoses, Maria de Lourdes Gonçalves, esse é o motivo que faz qualquer suspeita de dengue levar a uma “busca ativa” do setor de Vigilância Epidemiológica sobre sintomas nas pessoas mais próximas.
Trabalho
A receptividade às equipes no bairro foi positiva diante da divulgação prévia nos jornais, rádios e tevês com o comunicado da ação pela Prefeitura. Um morador, que se identificou apenas como Aparecido, contou ser adepto de pescarias e por isso acostumado com a prevenção de mosquitos. “Esse trabalho que estão fazendo é muito importante”, comentou.
O bairro de Ivoturucaia foi um dos bairros que tiveram identificados criadouros de larvas dessa espécie de mosquito no levantamento feito em fevereiro pelo Centro de Controle de Zoonoses em 12 mil imóveis da cidade, que aponta o chamado Índice de Breteau (taxa de criadouros encontrados a cada 100 imóveis visitados). O mesmo referencial vai orientar os bairros prioritários na ação do dia 4, sempre com profissionais identificados por crachás e coletes.
Entre janeiro e março deste ano, Jundiaí teve 13 casos positivos de dengue (praticamente todos “importados” de outras cidades), diante de 80 casos no mesmo período do ano passado, segundo dados da Vigilância Epidemiológica. Apesar da queda acima de 80%, o momento é de atenção. “Como as chuvas atrasaram neste ano, o risco maior ocorre agora e precisamos reforçar os cuidados para consolidar essa queda”, afirma o secretário de Saúde, Cláudio Miranda.
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