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19/4/2012 - Jundiaí - SP

Com as mãos que ajudam a contar a história da cidade




da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

Antes de criar famosos monumentos por praças e locais públicos de Jundiaí e se dedicar integralmente ao design, Plínio Esteves Ricon fez um pouco de tudo. Em 1950, com 14 anos, se formou em mecânica pela escola industrial do Gandra. Anos depois, trabalhou na área de recursos humanos da Companhia Paulista de Estrada Ferro à tarde e, pela manhã, em um escritório de arquitetura – próximo ao que gostava realmente de fazer.

Entre suas contribuições à cidade estão a Capela, em frente à Rodoviária, praças com monumentos conhecidos e logotipos e logomarcas como o da DAE, presente desde os anos 1970.

Foi no escritório de arquitetura que ele começou a exercer sua grande paixão: se debruçar sobre papéis, colocar a cabeça para funcionar e criar formas. Algumas, sob encomenda, no escritório em que passava suas manhãs; outras por puro prazer e que o levaram a participar de concursos de logotipo. Aos poucos, passou a ser reconhecido e receber encomendas de empresas e instituições públicas importantes, como a Prefeitura de Jundiaí.

Algumas formas que Plínio criou ainda perduram pelas avenidas da cidade e carregam – o que muita gente não sabe e deixa passar despercebido – uma história que ficará para a posteridade. Quando cria um logotipo ou um monumento, o profissional – que ainda trabalha à mão, com lápis e papel – busca as raízes históricas por trás daquilo que deseja retratar. “Não basta ser uma obra bonita, tem que carregar uma história.”

As obras

O próprio Plínio não discorda: sua obra mais importante encontra-se na avenida 9 de Julho, na frente da Rodoviária. É a Capela, monumento construído na ocasião da comemoração dos 350 anos da cidade, comemorado em 2005. Por traz da grande obra, uma história. Suas formas contam os primórdios da cidade, quando a região onde está Jundiaí ganhou o caráter de vila após a construção de uma capela. Suas cores, entre outros detalhes, remetem às cores das frutas e das bandeiras dos primeiros imigrantes: afrodescendentes e portugueses.

Na ocasião do lançamento da obra, o prefeito era Ary Fossen, hoje deputado estadual. Plínio lembra da ocasião da encomenda da Capela com felicidade. “O Ary me chamou no Fórum e disse o que queria”, recorda o design. “Depois que apresentei para ele uma miniatura do que ia fazer, ele deixou um tempo na mesa dele, para mostrar para outras pessoas.”

A Capela veio quando Plínio já havia estabelecido importantes contribuições, como o monumento da Praça do Maçom e da Praça Lions Clube, também o logotipo da DAE (feito em 1970 e que se mantém até hoje) e da empresa Expresso Jundiaí.

Morador do Centro, ele não deixa de trabalhar e ainda faz alguns serviços, sempre manualmente. Enquanto cria, ele gosta de estar com as mãos em movimentos, sobre o papel. Pai de três filhos, teve o prazer de ver uma de suas filhas se formar arquiteta, arte que sempre se manteve próximo.



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