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24/1/2018 - Jundiaí - SP

Curso de bartender é opção para mercado em expansão




da assessoria de imprensa 

O estilo despojado combina com o futuro que Carolina Cavalcante, de 20 anos, sonha. “Viagens para lugares paradisíacos, diferentes culturas e tudo o que o mundo puder me oferecer por meio do meu próprio trabalho”, disse. Com este roteiro traçado, a profissão de bartender encaixou-se com perfeição na vida da jovem, que desistiu do programa de aprendizagem em um banco, em Jundiaí, para participar do curso oferecido gratuitamente pelo Fundo Social de Solidariedade (Funss). “Sinto necessidade de pensar fora da caixa, do senso comum. Considero-me comunicativa e adoro o contato com pessoas. Já fiz workshops de bebidas na capital e encontrei o passaporte para novos rumos nesta nova capacitação”, explicou.

Nos planos de Carolina estão as vagas em navios de cruzeiros e hotéis. Além da rotina diferenciada, outros pontos chamaram a atenção da jovem, como a remuneração, as escalas de horários e os ambientes descontraídos: “Gosto da noite e acredito que vou me adaptar muito bem nesta área. Seja como freelancerou funcionária formalizada, há muitas oportunidades na área de alimentos e bebidas”.

Já Tiago Florêncio, de 35 anos, encontrou na capacitação uma chance para a recolocação no mercado de trabalho. Sem trabalhar, o rapaz faz ‘bicos’ de pintor, churrasqueiro, garçom e segurança. “Topo o que vier, mas preciso focar em uma tarefa. Na área de eventos, sempre surge uma oportunidade, mas, por não ter técnica, faço os drinks sem saber a medida certa e, muitas vezes, até desperdiçando insumos. Como nenhum empregador quer prejuízo, o ideal foi garantir a matrícula no curso e me preparar”.

Quem também quer uma vaga é a Fernanda Mendes de Almeida, de 25 anos. A moça trabalha como modelo e recepcionista em eventos e já atuou como garçonete freelancer. “O que percebo é que o segmento de alimentos e bebidas não sofre tanto com a crise. As pessoas deixam de comprar roupas, mas não deixam de comer e beber, de ter um momento de lazer. Por isso, a qualificação será um diferencial nesta busca por um emprego”, afirmou.

Empreendedorismo
Se, por um lado, há quem almeje uma oportunidade em empresas do setor, Jefferson Borges, de 39 anos, sonha em empreender. Desempregado há dois anos, o analista de planejamento de logística vislumbra bons negócios já neste Carnaval. “Junto com uma amiga, penso em lançar um drink truck. Conheço estabelecimentos e até pessoas que poderão ser potenciais clientes. A área de serviços sempre precisa de um bom garçom e de um bom bartender. Basta ter a qualificação profissional”, explicou.

Rafael Oliveira, de 20 anos, também faz parte do grupo de futuros empreendedores. O jovem, que trabalhava como ajudante de motorista, está há dois meses desempregado: “Vejo nos jornais boas oportunidades anunciadas nesta área. Minha ideia é conseguir o certificado, encontrar uma vaga em restaurante ou bar e adquirir mais experiência para, depois, abrir o meu próprio negócio”.

Douglas Leandro Moreira, de 30 anos, também não quer perder tempo. Freelancer em aerografismo e grafite, o rapaz busca na área em expansão flexibilidade de horários e autonomia. “Inicialmente, a ideia é estruturar uma empresa de bar para eventos fechados. Com o tempo, não descarto a possibilidade de ter um empreendimento aberto ao público”, contou.

Qualificação
De acordo com o professor, Gustavo Silva, a profissão de bartender chama a atenção dos contratantes por conta dos drinks diferentes e bem elaborados. “A atuação parece artística, uma vez que há profissionais que se utilizam de malabarismos com garrafas e utensílios do bar para preparar as bebidas e entreter os clientes”. Mas, segundo ele, é preciso mais que um bom manuseio: “É fundamental saber a teoria para falar com segurança sobre as bebidas utilizadas porque o trabalho, inevitavelmente, desperta a curiosidade das pessoas. Também é necessário saber sobre higienização, preparo e postura, entre outros quesitos”.

O curso de Bartender é resultado de uma parceria entre a parceria entre a Prefeitura de Jundiaí, por meio do Fundo Social de Solidariedade, Centro Paula Souza e o programa Via Rápida com a coordenação da ETEC Benedito Storani. Além deste, também ocorrem os módulos de Salgadeiro, Confeiteiro, Panificação, Garçom e Camareira, sendo este último disponibilizado aos profissionais do setor hoteleiro da cidade por meio da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT).



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