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31/3/2014 - Jundiaí - SP

Ecos da cultura afro ‘transbordam’ no Jardim Botânico




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Uma variedade de ritmos como ijexá, cabula, congo ou barravento marcam as manhãs de domingo no Jardim Botânico, em uma das margens do rio Jundiaí, levando alguns visitantes a dançarem no trecho conhecido como “jardim africano”. O motivo é uma iniciativa praticada desde o ano passado e que brevemente estará presente em cursos de 2 meses cada em todos os seis parques públicos da cidade.

“Desde a minha infância eu tenho contato com esses ritmos de terreiros, que na verdade são afrobrasileiros porque foram desenvolvidos aqui no Brasil. Já tivemos a visita de um grupo vindo da África do Sul que ficou encantado”, conta o mestre Nelson Jamaica, responsável pelo projeto de ensino de percussão e dança.

A iniciativa gerou um projeto, que está sendo detalhado na Secretaria de Cultura, para a aplicação de cursos bimestrais no Parque da Cidade, Parque da Uva, Parque Botânico Eloy Chaves, no Parque do Corrupira e no Parque Tulipas, além do próprio Jardim Botânico. O nome é Oficina de Atabaque.

“Temos uma presença imensa da cultura afrobrasileira em Jundiaí, seja nas rodas de capoeiras, nos terreiros, nas rodas de samba ou nos grupos de maracatu”, comenta Nelson.

Uma das professoras de dança, Ana Luísa Canalli, conta que voltou recentemente de um “curso intensivo” de 5 meses em Recife (PE). Sua colega, Janaína Fraga, e o coreógrafo Rodrigo Bruno, da Ginga Carioca, também estão envolvidos no projeto ao lado do percurssionista Diego Cuba. Estão inseridas ainda aulas de tranças, cavaco, artesanato e hip hop.

“A base é o ritmo afrobrasileiro. Temos essa cultura muito fragmentada e a ideia é oferecer uma formação básica”, diz Nelson.

Na sombra dos baobás em crescimento, visitantes do Jardim Botânico mexem os pés no ritmo cadenciado do afoxé. Outro dos sonhos do professor é que o grupo envolvido cresça e possa abrir o Carnaval, aproveitando estes ritmos ancestrais.



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