17/5/2017 - Jundiaí - SP

Emoção marca 3º Fórum da Luta Antimanicomial

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Após passar por 17 clínicas de recuperação, a jovem Mirtes Monteiro, comemora sua reintegração na sociedade e credita esta sua conquista de vida ao trabalho desenvolvido pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Este e outros depoimentos marcaram a abertura do 3º Fórum da Luta Antimanicomial de Jundiaí, que ocorreu durante toda esta terça-feira (16), no auditório do Fundo Social de Solidariedade (Funss). Na plateia, profissionais da saúde, familiares e outros pacientes revelavam em depoimento a importância de se dar visibilidade ao modelo de política pública adotado em Jundiaí para a saúde mental.

Segundo o coordenador de Saúde Mental, álcool e outras drogas da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, Alexandre Morano Sandri, o atendimento prestado aos pacientes envolve toda a rede. “Hoje, os quatro mil casos referenciados são atendidos em uma das quatro unidades do Caps, enquanto que os de menor gravidade são encaminhados à Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).”, explica

No período da manhã, os participantes acompanharam a apresentação do vídeo “O Cuidado em Liberdade: Produção de Vida na Rede de Atenção Psicossocial em Jundiaí”, produzido pelos trabalhadores dos serviços, a partir da vivência cotidiana nos equipamentos do município. Em seguida, ocorreu a palestra com Válter Farias e Daniel Navarro, autores do livro “O Capa Branca – Memórias de um funcionário que se tornou paciente do Juquery”.

Alexandre explica que o fórum teve como objetivo mostrar diferentes realidades e ressaltar que as doenças mentais, embora crônicas, permitem ao paciente ser reinserido na sociedade. “Nossa proposta aqui é de uma política ancorada na garantia dos direitos humanos, na produção de vida e no cuidado em liberdade”, conclui.