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12/12/2016 - Jundiaí - SP

Festa solidária atrai mais de seis mil no Jayme Cintra




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

O espaço lateral do gramado no estádio Doutor Jayme Cintra, casa do Paulista de Jundiaí, era disputado palmo a palmo por dezenas de jornalistas apressados. Junto deles, diversas câmeras de tevê das mais variadas emissoras; metros e mais metros de cabeamento; refletores de luz e toda sorte de parafernália que envolve uma típica cobertura de final de Brasileirão.

Esse foi um pouco do clima que envolveu o jogo de futebol beneficente batizado de “Fome, Só de Bola”, organizado pelo meia-atacante Nenê com apoio da Prefeitura, e que chegou à sua 6ª edição na cidade na noite dessa sexta-feira (9). “Sou da cidade e fui revelado pelo Paulista. Então, é uma satisfação reunir grandes amigos e, ao mesmo tempo, arrecadar alimentos para as famílias carentes”, garantiu Nenê.

Mais uma vez o prefeito Pedro Bigardi entrou em campo, dessa vez na função de meio-campista, com a camisa número 5 do time dos amigos do Nenê. Foram quase 20 minutos de atuação. “Faço questão de participar, é uma forma de prestigiar o evento e a iniciativa de cada um deles nessa grande mobilização social”, garantiu Bigardi.

Foram mais de seis mil pessoas que deram colorido especial às arquibancadas, trocando a entrada por dois quilos de alimento não perecível, mantimentos que serão doados ao Fundo Social de Solidariedade. Neste ano, Romário, tetracampeão do mundo nos Estados Unidos em 1994, também entrou em campo a favor da solidariedade, ao lado de outros craques e personalidades do meio artístico. O “peixe” não passou vontade: deixou seu gol anotado.

E era ali, ao lado do campo, entre um tripé e outro, que Vitória Natália Hernandes achou um espacinho para acompanhar a partida, ao lado do pai Marcos. Era a primeira vez que ambos viam um jogo do gramado, bem perto dos ídolos, que corriam de um lado para outro a poucos metros de distância.

“Estou achando muito bacana, gostando mesmo! Eu nunca tinha visto esses caras de perto, é emocionante”, confessou, sem tirar os olhos do jogo. Natália também é atleta, e representa Jundiaí no time paralímpico de bocha do Clube Uirapuru, que recebe apoio da Prefeitura na locomoção especial dos cadeirantes.

“É fundamental para a Natália praticar essa atividade, assim como estar aqui hoje. É importante para a socialização e qualidade de vida”, disse o pai, que trabalha como vendedor, agachado ao lado da filha. Ambos, torcedores do São Paulo, cruzaram a cidade do Jardim das Tulipas ao Jardim Pacaembu para contribuir com a justa causa do evento.

Perto deles, um garoto corria sem parar de um lado para outro, como se estivesse ‘ligado na tomada’ por algum daqueles cabos. Era abordado por jornalistas, curiosos. Puxou prosa com o repórter Caco Barcellos, que cobria os bastidores da notícia. Logo, atraía a atenção de quem passava.

O menino atende por Thiago Lugano, tem dez anos e nasceu na distante Turquia. Herdou do pai famoso, o zagueiro Diego, as madeixas e o desenho enrijecido do rosto. Lugano, o pai, deu um show também fora do campo. Atendeu a todos com educação e simpatia. Mostrou ser um craque, dentro e fora das quatro linhas. “Acompanho meu pai sempre que posso”, afirmou o menino, acostumado à badalação, antes de correr novamente para outro lugar.

O ex-atacante palmeirense Gabriel Jesus era outro disputado à tapa pelos microfones. O menino Jesus está de malas prontas para o Manchester City, da Inglaterra. Trocou de camisa no intervalo da partida e ajudou a consolidar o placar a favor do time dos amigos do Nenê: 10 a 4 contra os amigos de Romário. Um resultado que sequer eles, os jogadores em campo, mensuravam quando do apito final. Enfim, isso pouco ou nada importava.

Foram arrecadadas 32 toneladas de alimentos, que serão entregues ao Fundo Social de Solidariedade nesta segunda-feira (12).

Satisfeita com a iniciativa, a primeira-dama e presidente do Fundo Social, Margarete Geraldo Bigardi chegou ao estádio com uma novidade. “A empresa Bardahl, uma das patrocinadoras, acabou de confirmar uma doação de 7,5 mil litros deleite ao Fundo Social. Foi um gesto que encheu a todos de muita alegria”, revelou.

A noite terminou com uma garoa fina, sorrisos, abraços e o canto da torcida em respeito ao time da Chapecoense.



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