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27/5/2013 - Jundiaí - SP

Handebol: Após AVC, Dani Piedade se emociona com volta




site Esporte Jundiaí

Por mais que tente deixar no passado, aquela tontura seguida de forte dormência, dentro de quadra, ainda está fresca na memória de Dani Piedade, atleta que já vestiu a camisa do Jundiaí Handebol Clube. No dia 29 de setembro do ano passado, a pivô da seleção brasileira de handebol sofreu um acidente vascular cerebral antes de uma partida por sua equipe, o Krim Ljubljana, da Eslovênia. O problema de saúde foi tratado e a atleta inclusive já atuou por sua equipe na Europa. Entretanto, o trauma recente ainda mexe e emociona a atleta. Dani não consegue controlar o misto de emoção e alívio na véspera de seu retorno pela seleção brasileira, algo que considera um milagre. Ela esteve em quadra neste sábado, no primeiro amistoso do time do técnico dinamarquês Morten Soubak, contra a Áustria, na cidade de Cabo Frio (vitória por 36 a 23).
“Estou feliz por voltar e ansiosa para o meu primeiro jogo pela seleção depois do que aconteceu. É vida nova. Estou muito positiva depois de tudo isso que passei. Voltar a jogar, para mim, foi um milagre. Tudo isso me assustou muito. Já voltei no clube, joguei a Champions, voltei a ser titular e ficar em quadra quase 60 minutos. Graças a Deus fiquei bem fisicamente e sem sequelas”, disse a atleta.
Após o derrame no aquecimento em quadra, os dias de incerteza talvez tenham sido os mais complicados para a atleta. Um mês depois de defender o Brasil na campanha dos Jogos Olímpicos de Londres - a seleção foi eliminada nas quartas de final - a pivô não sabia se poderia voltar a praticar handebol. Com o aval médico válido por tempo indeterminado, a Dani Piedade diz estar com ânimo renovado pelo menos até 2016, para os Jogos do Rio.
“Posso dizer que nasci de novo. Neste momento ruim, veio na minha cabeça ''será que vou voltar a jogar''. Tive medo. No começo, ninguém sabia me dizer, nem os médicos, se eu ia ou não voltar. Falavam em sequelas. Fizemos exames para descobrir a causa do AVC, mas, infelizmente, não foi descoberta. Perguntei se isso era bom, o médico disse que sim. Mas estou com um fôlego extra para 2016, espero chegar lá bem para competir”, disse a jogadora, que está com 34 anos.
Dani, de fato, quer deixar os dias de apreensão no passado. Mas reconhece que não tem sido nada fácil por enquanto. Com os olhos marejados e a voz embargada ao lembrar de seu drama, ela confessa que dificilmente conseguirá conter sua emoção na partida deste sábado. “Eu estou tentando esquecer tudo de ruim que passou e ficar positiva. No meu primeiro jogo da Champions, do hotel para ônibus fiquei muito apreensiva. Quando cheguei no vestiário e coloquei o uniforme, não consegui me conter. Chorei de felicidade, por estar voltando a jogar. Acredito que quando entrar na quadra com a amarelinha vou me sentir ansiosa, feliz e com certeza emocionada. Lágrimas vão rolar, pode ter certeza”, completou.
A pivô Dani Piedade defendeu as cores do Brasil em três edições de Olimpíadas. Além de Londres 2012, a paulista esteve em Atenas 2004 e Pequim 2008. A seleção brasileira de handebol enfrenta a Áustria neste sábado, às 10h (de Brasília), em Cabo Frio, com transmissão ao vivo do SporTV. Na terça-feira, as duas equipes voltam a se encontrar, desta vez em Vitória, às 19h30m (de Brasília).



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