30/5/2014 - Jundiaí - SP
O fortalecimento de uma política municipal de proteção dos idosos contra a violência. Esse é o tema do trabalho conjunto que reuniu, nesta quarta-feira (29), a Coordenadoria Municipal do Idoso e as secretarias de Saúde e de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads) para fechar a proposta em elaboração há um ano pela Prefeitura de Jundiaí.
“O envelhecimento acelerado da sociedade é um fato que nos coloca muitas questões novas e esse é um dos nossos focos. Sem uma padronização para lidar com essa realidade, não poderíamos avançar na questão da violência, inclusive envolvendo os setores externos”, afirma a coordenadora do Idoso, Cláudia Sartori.
O encontro contou com a apresentação de uma experiência premiada do Hospital São Vicente de Paulo, que organizou o fluxo de notificações de violência no ano passado, definindo ações da equipe multiprofissional (suspeita), das equipes de serviço social e psicologia (análise), do registro de notificação para o sistema Sinan (confirmação positiva) e da continuidade assistencial (confirmação negativa).
O mesmo processo será replicado em toda a rede de saúde. De acordo com a psicóloga Roberta Samomya Guerra, a proposta funcionou a partir do conhecimento de que a notificação é feita pela unidade, não pelo indivíduo.
“Podemos observar que nesse processo vamos valorizar os agentes comunitários de saúde, que podem observar a situação em cada bairro”, pontuou o secretário de Saúde, Gerson Vilhena Pereira Filho.
Notificação A coordenadora estatística da Vigilância Epidemiológica, Roberta Ribeiro, defendeu a inclusão de assistentes sociais da Semads no setor de notificação de suspeitas, proposta no roteiro do pacto que agora entra em análise das secretarias para chegar, em junho, aos conselhos municipais do Idoso, da Saúde e da Assistência Social.
“É um foco específico de um problema maior. Atualmente já enfrentamos fila com a demanda por acolhimento de idosos”, reforçou a diretora de Proteção da Semads, Cláudia Guerra León, em conjunto com a representante de serviço social da Saúde, Leila Miguel. Além da rede de saúde, também os centros de referência de assistência social estão presentes em diversos bairros.
Jundiaí conta atualmente com uma população estimada de 52 mil idosos entre 60 e 100 anos de idade. De acordo com a definição da Vigilância Epidemiológica, o tema das notificações é essencial porque para promover intervenções é preciso conhecer a realidade de cada território da cidade e os tipos de violência física, emocional ou social desse tema em cada região.
A proposta, além dos conselhos municipais, será discutida também com parceiros externos, como a Defensoria Púbica, a Promotoria Pública e delegacias especializadas.
José Arnado de Oliveira Foto: PMJ
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