27/3/2013 - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Um novo aparelho que vai substituir o prazo de 45 a 60 dias do diagnóstico de tuberculose por um teste rápido para a presença do bacilo causador da doença em apenas duas horas vai ter Jundiaí entre as primeiras cidades brasileiras a usarem sua tecnologia.
“Essa informação surgiu com a lista apresentada em evento do Dia Mundial da Luta Contra a Tuberculose”, afirma o diretor de Vigilância em Saúde, José Luiz Francischinelli, que esteve na solenidade realizada em auditório da Secretaria Estadual de Saúde, na capital, representando o secretário municipal Cláudio Miranda.
De origem francesa, o aparelho Gene Xpert identifica com técnicas de biologia molecular o DNA do bacilo Mycobacterium tuberculosis e também se a pessoa tem resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento da doença.
Os primeiros testes de uso foram realizados no ano passado no Rio de Janeiro e em Manaus e, de acordo com especialistas, seu diagnóstico apresenta sensibilidade de 95%, contra 60% a 70% na metodologia atual (de baciloscopia de escarro).
O investimento inicial do Ministério da Saúde é de R$ 12,6 milhões para aquisição de testes, computadores de última geração e treinamento.
“Desta vez não houve a premiação dos últimos anos, mas Jundiaí segue com índices de cura superiores aos 85% recomendados pela Organização Mundial da Saúde. O trabalho é permanente, envolvendo inclusive os comunicantes com o paciente identificado”, explica a médica Sandra Ervolino, coordenadora do programa na Vigilância Epidemiológica de Jundiaí.
A expectativa é de que até o fim do ano a cidade possa contar com esse novo diagnóstico. “Vamos analisar as condições de nossos laboratórios e adaptar o que for necessário para o local escolhido para o serviço. Existe somente uma empresa no mundo liderando essa nova tecnologia e a escolha é um reconhecimento ao trabalho que nossos profissionais vêm fazendo nessa área de vigilância”, afirma Francischinelli.
No Brasil, a taxa de incidência da doença caiu de 44,4 casos para cada 100 mil habitantes em 2002 para 36,1 casos para cada 100 mil habitantes em 2012, de acordo com o Ministério da Saúde. Em Jundiaí, o número oscila em torno de 100 ao ano (27/100 mil) com índices de cura em torno de 90%.
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