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25/2/2011 - Jundiaí - SP

Olericultura orgânica forma primeira turma e já vai iniciar outra




da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

A entrega de certificados para os participantes do primeiro curso e a sensibilização para a formação de uma segunda turma do curso de Olericultura Orgânica reuniram dezenas de pessoas na manhã desta quinta-feira (24) no anfiteatro da Escola Técnica Benedito Storani (EtrecBest), em evento realizado por intermédio da parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato Rural de Jundiaí e apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, Escola Técnica Benedito Storani (EtecBest) e Casa da Agricultura.

Dos presentes, 24 estavam recebendo o certificado por terem participado do primeiro curso, iniciado no ano passado e considerado pelo professor Francisco Javioer Llanque Miranda como modelo em número de alunos. Segundo ele, que deverá ser responsável também pela formação do segundo grupo que começa em março, eram 25 inscritos no início e apenas um saiu no meio do curso e ainda assim contra a vontade, já que só deixou de concluir por causa de um novo emprego. “Nosso número mínimo é de 12 pessoas e essa edição teve o dobro disso”, comemorou.

O curso de Olericultura Orgânica formatado para Jundiaí é uma resposta às reuniões realizadas com os agricultores da cidade em 2009, quando eles apresentaram ao secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento, Jorge Yatim, algumas demandas que, resolvidas, podem contribuir para a melhoria da atividade rural na cidade. “Eles apresentaram uma série de reivindicações, dentre as quais a necessidade de cursos de requalificação. Um deles é este, que está sendo encerrado agora e que, pelo interesse demonstrado, deverá formar novas turmas”, comentou o secretário.



Produzir para vender

Se a intenção é expandir o consumo de produtos cultivados longe dos malefícios dos agrotóxicos, os agricultores precisam ter também novas opções de escoamento daquilo que plantam. Por isso mesmo, o empresário Orlando Marciano, do grupo Coopercica, de Jundiaí, esteve presente ao encontro na escola agrícola, para oferecer aos produtores uma parceria na comercialização da sua produção. A Coopercica é considerada a terceira loja do Brasil que trabalha com produtos orgânicos. Se fechar com os produtores de Jundiaí, vai contribuir para que o mercado local não apenas seja abastecido como ainda seja um incentivador do consumo dessa que é uma cultura que vem crescendo muito no Brasil. O professor Javier comentou durante a sua palestra que nos últimos anos a olericultura orgânica registrou crescimento de 40% e isso pode ser medido também pelo grande número de cursos em atividade no Estado, sob a coordenação do Senar. “Temos 34 professores trabalhando com agricultores em diversas cidades do Estado”, disse.


De acordo com a diretora de Agronegócio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Isabel Harder, esses módulos são oferecidos gratuitamente aos produtores e trabalhadores do campo. A SMAA está não só apoiando como também contribuindo com a logística para tornar cada vez mais acessível o curso aos produtores. “Inclusive, as aulas acontecem na área rural, comungando a parte teórica com a prática”, explica. O coordenador da área de cursos do Sindicato Rural de Jundiaí, Claudemir Fernando Calderon, lembrou que mesmo aqueles eu não participaram da sensibilização desta quinta-feira também podem se inscrever no curso que começa em março. Basta procurar a sede do Sindicato, na rua Professor João Batista Curado, nº 22 ou se informar pelo telefone 4521-7595. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento também é ponto de inscrição, no 5º andar do Paço Municipal, ala norte, ou pelo telefone 4589-8872.


Técnicas sustentáveis

A olericultura orgânica utiliza técnicas sustentáveis para a produção de alimentos saudáveis, com o manejo adequado do solo, respeitando a natureza e a qualidade de vida do agricultor. De acordo com o material do curso, formulado pelo Senar, considerando alguns efeitos da tecnologia agrícola convencional e uma sociedade com maior nível de informação, os consumidores passam a preferir alimentos que sejam produzidos sem agressão do meio ambiente, com tecnologia de produção de baixo custo, sem uso de agroquímicos e sem exploração de mão de obra. Este fato tem aumentado as áreas de lavouras agroecológicas.


A produtora rural Gilda Romano, que recebeu seu certificado nesta quinta-feira, disse que pretende utilizar os conhecimentos que obteve em benefício de outras pessoas. Representante de uma comunidade rural da cidade, o bairro do Paiol Velho, ela quer atuar como multiplicadora e considera que especialmente as crianças precisam conhecer e aprender sobre os produtos orgânicos. “Eu acredito que quanto mais conhecimento o trabalhador rural puder agregar, mais incentivo ele terá para continuar atuando no setor”, considera. Gilda sugere que mesmo as pessoas da área urbana tenham um pequeno canteiro em casa, para cultivar pequenas hortaliças, pois é uma atividade saudável e prazerosa.



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