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19/5/2011 - Jundiaí - SP

População recebe informações sobre hanseníase




da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí

Equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Eloy Chaves promoveu, na tarde desta quarta-feira (18), ação para conscientizar a população sobre a hanseníase, uma das doenças mais antigas que acomete o homem e que até hoje é considerada um problema de saúde pública. Cerca de 50 pessoas acompanharam as atividades.

De acordo com a enfermeira da UBS, Silmara Botelho, a proposta foi de conscientizar as pessoas e contribuir para a detecção precoce da doença. "O diagnóstico precoce possibilita a descentralização do atendimento, permitindo que o acompanhamento seja feito na própria unidade de saúde", enfatizou a enfermeira, lembrando que, atualmente, a unidade registra uma paciente em tratamento. "O diagnóstico foi feito pelo clínico em uma consulta de rotina. Hoje ela faz a supervisão mensal e recebe a medicação necessária para a cura".

As atividades foram preparadas pela equipe da UBS e pelos agentes comunitários de saúde que também atuam no local. Os agentes apresentaram, inclusive, uma peça teatral sobre a doença. Segundo a enfermeira do Programa de Agentes Comunitários de Saúde, Priscila Rossi, os agentes produziram a peça com base em atitudes do cotidiano. Com uma linguagem simples, eles conseguiram passar a mensagem para o público presente, enfantizando a importância de procurar o médico ao perceber manchas brancas sem sensibilidade pelo corpo.


Os participantes tiveram, ainda, apresentação de vídeo sobre a doença, com depoimentos de portadores da hanseníase e um 'tira-dúvidas' com o coordenador do Programa Municipal de Combate à Hanseníase, Claudinei José Martins, que elogiou a iniciativa. "Com informações mínimas é possivel orientar as pessoas. E o evento teve este objetivo. As pessoas precisam saber que qualquer mancha branca sem sensibilidade pode ser hanseníase, que a doença tem cura e que é possível levar uma vida normal", ressaltou o médico.


Ele destacou, ainda, que iniciativas como a promovida pela UBS Eloy Chaves e a atenção dispensada pelo sistema público de saúde de Jundiaí contribuem para que a cidade apresente uma situação favorável com relação à doença. Em 2010 foram diagnosticados 10 novos casos de hanseníase. A situação é favorável, porém, no Brasil, adoença ainda é preocupante. Em 2009 foram descobertos 37.610 casos.


Embora em Jundiaí a doença esteja sob controle, Martins orienta quanto a necessidade de manter a vigilância. Neste sentido, a Secretaria Municipal de Saúde investe na capacitação permanente da equipe de profissionais. "As ações desenvolvidas em Jundiaí permitem que tenhamos um índice de prevalência dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Temos registros de meio caso por 10 mil habitantes", disse o médico, acrescentando que a OMS recomenda que o índice seja abaixo de um. O índice de prevalência diz respeito ao número de casos da doença em tratamento, sendo considerado de grande importância em termos de saúde pública.


A meta do Ministério da Saúde é a de garantir a detecção precoce da hanseníase, antes da instalação de incapacidades. Quando o diagnóstico é feito no início da doença a cura é mais rápida e o paciente não corre o risco de ter incapacidades.



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