5/1/2015 - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A proteção ambiental da Serra do Japi, mantida dentro do município pela Prefeitura de Jundiaí, ganhou nesta virada de ano uma nova frente de combate contra a falta de consciência e educação de pessoas que descartam resíduos dentro do seu território de gestão. Trata-se da operação “Limpar a Serra”, que teve mais de dez caminhões de materiais retirados em apenas dois dias da operação orientada pelo prefeito Pedro Bigardi.
Uma estimativa parcial mostra que os trabalhos conjuntos feitos entre segunda-feira (29) e terça-feira (30) superaram essa marca em caminhões de resíduos recolhidos pelas equipes. A iniciativa envolveu a Secretaria de Serviços Públicos e a Guarda Municipal, com apoio da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, e terá um balanço oficial no começo de 2015.
“A ideia básica é tornar essa ação colaborativa uma atividade programada de atenção à Serra”, afirma o comandante da Guarda Municipal, José Roberto Ferraz.
A ação envolveu equipes da Divisão Florestal da GM, liderada pelo subcomandante Paulo Vicente Soares, e também da Unidade de Serviços 5, liderada pelo diretor Temístocles Cavalcanti e coordenada por Nirço Machado e mais funcionários da Limpub, organizados pelo diretor de serviços urbanos, Lucas Rodrigues.
De acordo com o secretário Aguinaldo Leite, de Serviços Públicos, a ação conjunta foi organizada sem prejudicar a mobilização de plantonistas para as emergências durante o período de festas.
“A prioridade foi inicialmente marcada para o entorno do território, principalmente nas regiões de Terra Nova e Santa Clara”, afirmou.
As áreas identificadas com lixo e entulhos foram a avenida Antônio Pincinatto (Eloy Chaves/Ermida), avenida Aristides Carra, avenida Tasso Pinheiro e Rua Mário Mazzola (Terra Nova), Estrada da Laranja Azeda, avenida Luiz Gobbo e avenida José Peboni Junior (Santa Clara), avenida Brasil Tâmega (Malota), avenida Manoel Cabral (Casa Branca) e avenida Antonio Barchetta (Pracatu).
A enorme quantidade de resíduos coletados pela operação também deixou em alerta a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, que atua diretamente no manejo da Reserva Biológica Municipal que ocupa uma parte da serra.
“É muito triste ainda nos dias de hoje vermos algumas pessoas que jogam lixo e entulho em locais impróprios. As pessoas precisam se informar sobre locais de descarte e fazer o correto, o seu papel de cidadão, contribuindo positivamente com sua cidade”, afirma a secretária Daniela da Camara Sutti.
Para ela, jogar lixo em áreas tão frágeis como as bordas da Serra do Japi é um desrespeito não apenas ao meio ambiente mas também aos outros cidadãos que querem vê-la protegida e cuidada. “E o cuidado e o respeito começam dentro de casa, passam dos pais para os filhos”, lembrou.
O subcomandante Paulo Vicente Soares, da Divisão Florestal da GM, reforça ser inconcebível que em pleno século 21 as pessoas ainda joguem esses objetos em área de proteção ambiental. “É uma falta de consciência das pessoas que desconhecem a importância que a Serra do Japi representa a todos nós ao garantir qualidade de vida gratuitamente. Essa distorção faz serem despejados irregularmente esses tipos de resíduos prejudiciais à fauna, à flora e ao meio ambiente como um todo.”
Entenda mais
Os resíduos levados para as bordas do território de gestão da Serra do Japi, assim como ocorre com desmatamentos ou incêndios, são uma agressão à integridade dessa que é uma das últimas reservas de Mata Atlântica do interior paulista.
A Reserva Biológica Municipal (Rebio) tem 20,7 milhões de metros quadrados e foi criada em 1991 pela Prefeitura de Jundiaí. Ela está dentro de uma área maior de 91,4 milhões de metros quadrados tombados pelo Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio ( Condephaat), em 1983. Somando-se com as demais áreas tombadas em Cabreúva e também outras menores em Cajamar e Pirapora, integra um total de 191,4 milhões de metros quadrados compartilhados nos quatro municípios. Por lei municipal, o território de gestão em Jundiaí conta também, além da Rebio e da zona tombada, com três “zonas de amortecimento” na Terra Nova, na Malota e na Ermida.
A agente Anelise Padovani, da Fiscalização da Divisão de Praças e Jardins, explica que quem for surpreendido ou identificado jogando ou descartando objetos na via pública pode receber multa entre R$ 100,00 a R$ 580,00. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 156. O infrator pode ainda responder pelo crime de dano em Unidade de Conservação, em crime ambiental cuja pena pode atingir de um a cinco anos de reclusão.
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