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24/10/2014 - Jundiaí - SP

Prefeitura inicia projeto de recuperação da Ponte Torta




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Um ato com moradores, estudantes e técnicos marcou nesta quarta-feira à noite (22) o início do projeto participativo de conservação da Ponte Torta, centenário monumento do século 19 sobre o rio Guapeva, entre o Centro e a Vila Arens.

Orientado pelo renomado Estúdio Sarasá, o projeto vai implementar um programa de educação patrimonial na cidade que contará com um curso semanal de Zeladoria do Patrimônio e uma carreta itinerante com ações educativas em diversos bairros. Além, claro, de intervenções no próprio monumento e de um pequeno mirante turístico que vai sobrepor na vista da Ponte Torta os elementos de paisagem do passado.

“Eu passei o dia todo no Ministério das Cidades, em Brasília, para tratar de encaminhamentos do projeto do BRT (ônibus de trânsito rápido). Mas precisava voltar para ver esses detalhes, de algo que nós esperávamos há muito tempo”, disse o prefeito Pedro Bigardi.

A secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, destacou a presença de Inesinha do Pandeiro, rainha do Bloco da Ponte Torta, que já realizou três desfiles carnavalescos em homenagem ao monumento.

De acordo com Victor Hugo Mori, arquiteto especialista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), há bens com valor formal (os grandes monumentos), valor cognitivo (ligados a algum fato) e valor simbólico (afetivo). Nestes últimos está o pertencimento, criado pela repetição no cotidiano que faz parte da identidade.

Esse é o caso da Ponte Torta, também lembrada como Ponte dos Bondes pelo uso temporário desses meios de transporte puxados por cavalos no trajeto entre a estação da São Paulo Railway (Santos-Jundiaí) e o Centro, nas décadas de 1880 e 1890, para transposição do rio Guapeva.

Pesquisa
Presente ao ato, o arquiteto e historiador Roberto Franco Bueno afirmou que pesquisa a origem do uso dos trilhos de bitola de 45 milímetros nas minas de tungstênio do então bairro de Itupeva, no século 19, e depois o uso pelas cerâmicas da Ponte São João (como em um túnel que existia sob a ferrovia na área do atual viaduto Sperandio Pelliciari), no contexto desse monumento.

Entre os participantes da mesa de abertura estavam também o secretário Tércio Marinho (Cultura), Angélica Ribeiro, atual presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, e a vereadora Marilena Negro.

 

No público estiveram ainda os secretários Cristiano Lopes (Esportes e Lazer), José Carlos Pires (Casa Civil), Cristiano Guimarães (Chefia de Gabinete), Edson da Rocha (Negócios Jurídicos), Denis Crupe (Administração), Mary Fornari Marinho (Recursos Humanos) e muitos outros.

 

Também estiveram o presidente do Conselho do Plano Diretor, Luiz Antonio Pellegrini Bandini, e um dos pioneiros na arquitetura, Araken Martinho, além do professor de arquitetura da Unip, Pierpaolo Pizzolato, moradores e estudantes.

 

Enquanto acompanhava os planos, a representante da Academia Jundiaiense de Letras, Sônia Cintra, improvisou um poema ao estilo haicai sobre o projeto:

 



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