5/5/2016 - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A Prefeitura de Jundiaí prepara para o sábado (14) o evento de reabertura da Esplanada do Monte Castelo (Escadão), com um inédito grau de acessibilidade universal na conexão entre as regiões do Polígono Histórico, da Argos e da Vila Arens. Além das soluções de mobilidade, o trabalho também cria diversas soluções para convívio de moradores nessa encosta da colina central da cidade.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, foi implementado em parceria com a empresa MPD como contrapartida de impacto de vizinhança (EIV) de um empreendimento e envolveu estudos sobre a história do local.
Surgido em 1927, no ainda chamado “Morro do Grupo” (em alusão ao pioneiro Grupo Escolar Siqueira de Moraes, atual Pinacoteca), como uma escadaria de 120 degraus, o Escadão passou a chamar-se Esplanada Monte Castelo em 1946. A homenagem aos soldados jundiaienses que lutaram na Itália durante a 2ª Guerra Mundial incluiu um novo paisagismo de rampas, que havia sido abandonado nas últimas décadas.
Em “A História Sob os Degraus” (Edições Brasil, 2014, apoiado pelo Prêmio Estímulo de Cultura), a pesquisadora Jussania Rita Lamarca Escapin reuniu memórias de moradores sobre o local, na década de 1940, Helena F. Pace lembrou: “No topo não havia estacionamento para carros, apenas a rua Barão de Jundiaí. Era uma praça grande, com árvores, um muro baixo com alguns bancos de cimento nele encostados. Local de encontro de amigos, de namorados, de descanso pela subida íngreme, de admiradores da bela paisagem que se descortinava à nossa frente. Recordações felizes de um tempo que não volta mais”, descreveu.
Bem diferente de épocas anteriores, em 1926, o jornal “A Comarca” registrava que a empresa Força e Luz, atendendo a uma requisição da Prefeitura de Jundiaí, mandara instalar no extremo ao Grupo Escolar Siqueira de Moraes uma lâmpada de cor vermelha para servir de aviso de trânsito proibido por aquele ponto, onde a via pública seguia-se a um precipício.
Já a professora e artista plástica Lígia Luciene Rodrigues, em artigo de 2012, descrevia o local como um de seus preferidos na cidade e afirmou considerá-lo “de grande potencial para um bom espaço público de permanência por ficar em ponto estratégico da cidade, entre Vila Arens e Centro e no começo do corredor cultural da rua Barão de Jundiaí”.
Conexão
Na parte alta desse morro ocupado pela revitalizada Esplanada do Monte Castelo, onde está um dos extremos da rua Barão de Jundiaí, estão equipamentos culturais como Teatro Polytheama, Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, o Projeto Guri e Galeria de Arte Fernanda Milani, além da Câmara Municipal, da Escola Estadual Antenor Soares Gandra (Industrial) e a antiga sede da Companhia de Força e Luz.
Além do mirante ou belvedere que formou, o projeto de 1946 agregava também um obelisco, atualmente incorporado pela escola estadual.
Com o novo formato da esplanada, substituindo anos de abandono do local, a experiência de caminhabilidade do Centro Histórico é conectada com o acesso para o rio Guapeva e a região também histórica do Complexo Argos, que abriga a Biblioteca Pública Professor Nelson Foot Guimarães e o Varejão Noturno da Vila Arens, entre outros.
De acordo com a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, essa também é umaextensão do plano de reabilitação da área central definido pelo prefeito Pedro Bigardi.
Aprendizado
O uso de imagens históricas impressas em peças de cerâmica, para livre aproveitamento de visitantes, vai ser novamente incorporada nesse projeto. Essa solução pública foi adotada inicialmente no projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta, monumento vizinho que foi concluído em dezembro de 2015 e premiado neste ano em sua abordagem participativa pelo Salão de Restauro de Ferrara, na Itália, um dos mais importantes do mundo nesse tema.
De acordo com o coordenador de projetos urbanos da pasta, Décio Luiz Pinheiro Pradella, o antigo Escadão preserva sua passagem de degraus mas ganha além das rampas acessíveis (com inclinação máxima de sete graus) uma série de espaços de convívio e contemplação. “Foi um projeto elaborado com muito cuidado”, afirma.
A retirada de algumas árvores não-nativas do local, quando exigido para a implementação das rampas de acesso aos novos espaços do local, é compensada pelo plantio de espécies nativas planejadas para homenagearem o passado das madeiras de lei retiradas no município ao longo da sua história. Essa parte do trabalho contou com a cooperação do Jardim Botânico.
Importância urbana
O amplo e detalhado projeto na Esplanada do Monte Castelo é mais uma intervenção da Prefeitura de Jundiaí para a reabilitação do Centro Histórico.
Desde 2013 foram implementadas a reforma de parte da antiga Fratellanza Italiana (Casa de Saúde) para o PA Central 24 Horas, a reforma nas praças Dom Pedro II, São Bento e Antonio Frederico Ozanan, a criação do programa Sexta no Centro, a nova iluminação nas praças Governador Pedro de Toledo e Marechal Floriano Peixoto e a reforma do prédio da praça dos Andradas, entre outras.
Também foram implementados, no ano do 360º aniversário do município, o projeto-piloto Urbanismo Caminhável e o trabalho participativo de restauro, como monumento à memória da cidade, da Ponte Torta.
Cooperação
A reabertura da Esplanada do Monte Castelo (Escadão) vai contar com a cooperação entre diversos setores como Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Secretaria de Serviços Públicos, da Secretaria de Transportes e outras. A previsão é de que ocorra a partir das 17h de sábado (14), incluindo tanto a própria esplanada como o bolsão na rua Barão de Jundiaí no modelo inspirado pelo evento Sexta no Centro.
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