24/6/2014 - Jundiaí - SP
Um projeto-piloto aplicado com idosos residentes do Lar Nossa Senhora das Graças – em uma parceria do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí e da Coordenadoria Municipal do Idoso – mostrou seus resultados, nesta quarta-feira (18), para os participantes e para muitos estudantes que conheceram a iniciativa, na própria instituição que atende os idosos. E será apresentado também em um congresso de museologia na próxima quarta-feira (25) em Lima, no Peru.
A exposição desta quarta reuniu os trabalhos feitos pelos idosos e peças do acervo do museu. “Sei o nome de todos esses objetos antigos que trouxeram para a exposição aqui porque eu também sou antiga”, brincou Benedita Batista de Paula, de 87 anos, diante de um quadro que pintou.
Além de visitas ao Solar do Barão e à Pinacoteca Municipal, o projeto usou estímulos sensoriais como uma mesa de modelo para pinturas de natureza viva com toques olfativos (como alfazema) e a valorização do conhecimento.
“Evidenciamos o que já ocorre em outros lugares do mundo, que os museus precisam ter vida e conexão com a comunidade. Para isso usamos recursos multissensoriais e lúdicos”, comentou ao mostrar um vídeo editado a partir da experiência das visitas.
Mostra O Lar Nossa Senhora das Graças, um dos legados do movimento vicentino na cidade, entrou com a professora de arte Isabel Lopes e com a assistente social Laiza Costa Bissol. Mas até a ex-diretora, a irmã Estella, participou do projeto. “Ficou muito bonito”, definiu a estudante Ana Lara Souto, de 9 anos, que visitou a mostra.
A experiência também foi visitada pela supervisora de arte da Secretaria de Educação, Conceição Aparecida Costa, que chamou a atenção para o lado lúdico, como das molduras vazadas que permitiam a qualquer pessoa “transformar-se” em um retrato.
Entre outros colaboradores e participantes do projeto, fica a empolgação da pintora Maria Aparecida Sacramoni (a Xuxu), que descobriu a terapia da pintura, e até do especialista aposentado em circuitos fechados de vídeo, Orlando dos Santos Pinto. “Não fui aprender a pintar, mas é um prazer ver colegas descobrindo novos caminhos”, comentou.
José Arnaldo de Oliveira Foto: Alessandro Rosman
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