15/10/2013 - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A arte literalmente tomou conta das cabeças de quem passou pelo Complexo Argos neste domingo (13) com a quarta edição do “Trançando Arte Brasil”, a primeira realizada em Jundiaí. O evento com promoção da Prefeitura de Jundiaí, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Promoção de Igualdade Racial (Cepppir), reuniu mais de 2 mil pessoas.
Tranças longas, curtas, coloridas ou com plumas foram as atrações do evento que contou, ao menos, com 100 trançadeiras vindas do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul , Bahia e São Paulo. O prefeito Pedro Bigardi, acompanhado da primeira-dama Margarete Geraldo Bigardi, prestigiou o evento. Muito à vontade eles cumprimentaram as trançadeiras, os artesãos e posaram para as fotos com o público.
O prefeito elogiou a iniciativa; “Está bonito demais e o ano que vem será melhor ainda”, destacou. Ele ressaltou que a criação das coordenadorias tem o objetivo de se fazer políticas públicas para os setores.
Para o coordenador da Igualdade Racial de Jundiaí, Vanderlei Victorino, o evento trouxe à tona essa questão. “Temos dois grandes objetivos ao promover esse evento: discutir sobre a profissionalização das trançadeiras e fazer com que essa arte só cresça no país”, explicou.
A arte não se resumiu apenas aos cabelos. Para onde o público olhasse, uma manifestação da cultura afrodescentende se destacava. Podia ser em cima do palco com as apresentações de bandas e grupos de dança que fizeram as pessoas se remexerem o dia todo, ou nas peças artesanais que contribuíram para realçar ainda mais a beleza dos visitantes, ou ainda nos saborosos pratos típicos que conquistaram os paladares.
Todas as tribos
O operador de máquina Jean Rodrigues, de 24 anos, e a auxiliar de coordenação Daniele da Silva, de 27, disseram que costumam participar de eventos culturais. “Acho fundamental ter a oportunidade de conhecer a cultura negra, não fazia ideia de como era o trabalho das trançadeiras, uma pena que não consegui fazer no meu cabelo”, lamentou Daniele.
A guarda municipal Adriana Lúcia dos Santos, de 45 anos, participou todos os anos do evento que era realizado em Várzea Paulista. “A mudança para Jundiaí melhorou, porque tem mais estrutura para receber o público”, afirmou. Com os cabelos trançados, ela disse que costuma fazer apenas na sua cabeça e na sua filha. “Trança é uma arte”, disse.
A trançadeira Damilia Aparecida Teixeira, 44, saiu de Mato Grosso do Sul às 11h de sábado (12) para participar do evento. “Fiz questão de participar, porque acredito que esse evento fortalece a nossa cultura, é preciso respeitar mais”, disse a profissional, que faz tranças há 12 anos. Ela contou que no Mato Grosso do Sul o preconceito ainda é muito forte, diferente de Jundiaí. “A cidade está muito mais avançada, o evento está de parabéns.”
Destaque
Um dos destaques do evento foi a ativista Negra Jhô que veio de Salvador para a abertura oficial e contou um pouco da sua história como trançadeira. “Desde pequena eu sei fazer trança e com essa habilidade consigo tirar meninas das ruas e ensiná-las a ter uma profissão”, disse. Ela explicou que as tranças são sinônimos de valores. “Somos mulheres fortes que buscam a liberdade”, afirmou.
Para o secretário de Cultura, Tércio Marinho, uma festa como a “Trançando Arte Brasil” é o reconhecimento da cultura negra na formação dos brasileiros. “E mostra que as novas ações do governo é a construção de políticas públicas.”
Desfile
O auge do encontro das trançadeiras se deu com o desfile dos cabelos. Verdadeiras obras de arte passaram pelo palco ao som da banda Let’s Groove. Crianças e adultos mostravam as mais variadas tranças que foram feitas ao longo do dia. O encerramento da festa ficou por conta da banda Black Rio – que marca o cenário musical brasileiro há mais de 30 anos em parcerias com nomes como Tim Maia, Caetano Veloso e até Raul Seixas e fez o público dançar sem parar.
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