7/3/2012= - Jundiaí - SP
da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí
Ela nasceu Glória da Silva Rocha Genovese, há 92 anos, em 5 de março de 1920. Sua vida não era tão diferente de outras mulheres; professora primária, dona de casa e mãe de três filhos. Mas desde os tempos de solteira, Glória levava consigo um amor sincero e inquieto à dança, à arte. Corajosa e decidida, quis ser bailarina profissional para ensinar a arte do balé, mesmo sabendo que enfrentaria o preconceito da sociedade da época.
Eram dias em que a independência feminina podia significar perversão, inversão aos costumes e valores. Sua baixa estatura, 1,62m, não a impediu que encarasse a todos de frente. Ainda assim, Glória só pôde extravasar seus desejos através da dança enquanto era solteira.
“Depois que ela se casou não podia mais se apresentar, meu pai não deixava”, conta o filho Tito Lívio. Mas ela não desistiu. Levou a didática das salas de aula para as pistas do conservatório e começou a ensinar. Era seu meio de continuar vivendo a arte.
Na década de 40, dava um passo decisivo que colocaria a cidade na rota da cultura nacional. Criava a primeira companhia de Ballet Jundiaiense. Entre jovens e crianças, descobriu e lapidou inúmeros talentos que não seriam notados, não fosse sua sensibilidade.
“O trabalho mais importante de Glória foi o de levar o nome de Jundiaí a outro patamar. Foi uma verdadeira revolução uma mulher fazer aquilo”, conta Samantha Müller, neta da bailarina. “Dá para imaginar que ela se casou três vezes? Acho que isso chocava as pessoas.”
Aos 76 anos, o ator, cantor e bailarino Jô Martin ainda tem alguns daqueles momentos gravados na retina. “Glória era uma mulher atirada. Ela vinha e fazia as coisas do seu jeito, não se importando com padrões sociais”, lembra. Os mais chegados a conheciam como Glórinha. A crítica a conhecia como mulher criativa, figura à frente de sua época. As apresentações de seus pupilos surpreendiam pelo ineditismo. “Era incrível a sua capacidade de criação. Ela colocava uma roupagem inédita em tudo o que fazia”, conta Jô.
Em 1956, foi a vez de fundar o IOA (Instituto de Orientação Artística), a primeira escola jundiaiense de dança e formação de bailarinos, que está em atividade ainda hoje. Lá, aprimorou outras vertentes artísticas, como a de pintora, cenógrafa e coreógrafa. A instituição ficou por três gerações na família.
Um presente para Glória
Se estivesse viva, Glória completaria 92 anos no último dia 5 de março. Para Sabrina Müller, outra neta, Glória certamente iria querer reunir toda a família. “Ela sempre fez tudo porque amava a dança, mas também buscava um reconhecimento das pessoas que, é possível, não veio em vida”.
“Quando recebi a notícia de seu falecimento estava no Rio. Foi um choque”, se lembra Jô Martin. “Tudo começou ali. Ela lançou as sementes de uma continuidade que ainda pode ser sentida nos dias de hoje.”
Aos 76 anos, o ator, cantor e bailarino Jô Martin ainda tem alguns daqueles momentos gravados na retina. “Glória era uma mulher atirada. Ela vinha e fazia as coisas do seu jeito, não se importando com padrões sociais”, lembra. Os mais chegados a conheciam como Glórinha. A crítica a conhecia como mulher criativa, figura à frente de sua época. As apresentações de seus pupilos surpreendiam pelo ineditismo. “Era incrível a sua capacidade de criação. Ela colocava uma roupagem inédita em tudo o que fazia”, conta Jô.
Em 1956, foi a vez de fundar o IOA (Instituto de Orientação Artística), a primeira escola jundiaiense de dança e formação de bailarinos, que está em atividade ainda hoje. Lá, aprimorou outras vertentes artísticas, como a de pintora, cenógrafa e coreógrafa. A instituição ficou por três gerações na família.
Um presente para Glória
Se estivesse viva, Glória completaria 92 anos no último dia 5 de março. Para Sabrina Müller, outra neta, Glória certamente iria querer reunir toda a família. “Ela sempre fez tudo porque amava a dança, mas também buscava um reconhecimento das pessoas que, é possível, não veio em vida”.
“Quando recebi a notícia de seu falecimento estava no Rio. Foi um choque”, se lembra Jô Martin. “Tudo começou ali. Ela lançou as sementes de uma continuidade que ainda pode ser sentida nos dias de hoje.”
“Mesmo a contragosto das pessoas, ela provou que a mulher tem, sim, muita força”, afirma Samantha. “E se a dança era uma extensão da educação, imagine a coragem das mulheres que confiavam seus filhos a ela”.
À Glória e a todas às mulheres que não fogem à luta para defender seus ideais, fica o legado do dia 8 de março.
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